A Petrobras confirmou hoje que a gasolina ficará 10% mais cara na sexta-feira e o diesel, 15%. As altas valem no preço dos produtos da Petrobras para as distribuidoras, segundo comunicado enviado pela estatal à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Segundo a empresa, esse reajuste foi definido pela companhia levando em consideração um novo patamar internacional de preço do petróleo, em uma perspectiva de médio e longo prazos, e "está em linha com as premissas definidas no Plano Estratégico da Petrobras de manter parametrizados os preços dos derivados ao mercado internacional".
O ministro Guido Mantega (Fazenda), porém, disse que o impacto para o consumidor na bomba, para a gasolina, será zero.
Isso porque o governo reduzirá a Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) de R$ 0,28 por litro para R$ 0,18 por litro. Já o impacto do aumento do diesel na ponta será de 8,8%. O governo reduzirá a Cide para esse combustível de R$ 0,07 por litro para R$ 0,03 por litro.
Segundo Mantega, o impacto na inflação do reajuste será de 0,015%, e a perda de arrecadação será de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões. "Estamos baixando a Cide de modo que o efeito do aumento da gasolina para o consumidor seja zero." Sobre a perda da arrecadação, Mantega explicou que a "Petrobras vai devolver o aumento de lucros e dividendos".
O comunicado da Petrobras sobre o reajuste explica que é com a "remuneração recebida pela venda de seus produtos que a Petrobras viabiliza o seu programa de investimentos, o que possibilita a descoberta de mais petróleo e gás, a construção e operação de novas unidades industriais e a condução de uma rede de transporte e logística que vem garantindo o abastecimento nacional de derivados e o retorno dos investimentos para os acionistas da companhia".
O preço dos derivados de petróleo é liberado nas distribuidoras e postos, mas fixado pela Petrobras nas refinarias. O último reajuste feito pela estatal foi em setembro de 2005 (10% para gasolina, 12% para o diesel). Naquela ocasião, o barril de petróleo estava em aproximadamente US$ 60. Hoje, já ultrapassou US$ 100.
Pelos cálculos feitos por consultorias, o preço interno dos derivados de petróleo está com uma defasagem em relação ao seu custo internacional de cerca de 20%.
Fonte: Folha Online
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