Um feliz Dia do Trabalho
O trabalhador brasileiro tem o que comemorar hoje. O emprego formal continua crescendo. O salário mínimo continua longe do ideal, mas pelo menos já possui uma lei para regular os reajustes anuais.
Ontem, foi apresentada a nova carteira de trabalho. Informatizada, permitirá acompanhar melhor toda a vida profissional do trabalhador.
Num país onde a carteira profissional é o símbolo do trabalho formal, é boa notícia.
Mas houve ainda mais notícias auspiciosas para o trabalhador brasileiro.
A concessão do investment grade (grau de investimento) ao Brasil traduz-se na possibilidade concreta de entrada de investimentos estrangeiros no setor produtivo.
(Investment grade significa que o Brasil passa a ser visto como um bom pagador, país que respeita contratos, mantém regras estáveis para investimentos. Isto é vital para certos fundos de pensão americanos e canadenses, por exemplo, que são bastante conservadores porque lidam com aposentadorias e pensões de professores, servidores públicos, militares, viúvas etc. e estão proibidos, por seus regimentos internos, de investir em países que não possuem o investment grade.)
Ora, mais investimento no setor produtivo (e não especulativo) significa mais oportunidades de geração de empregos. Empregos formais.
A luta agora é para que os próximos dias do Trabalho sejam comemorados por muito mais gente. Isto é, precisamos lutar para que haja mais trabalhadores para comemorar o dia do Trabalho no ano que vem.
Para tanto, o país precisa avançar.
É fundamental desonerar o emprego. Hoje em dia, está caríssimo dar emprego no Brasil. Os encargos são tão impeditivos, que muitos empresários preferem recorrer à automação ou à informalidade.
É preciso promover ou terminar reformas para eliminar certos gargalos que impedem o investimento e, portanto, a criação de novos empregos. É preciso fazer a reforma tributária, que os deputados dizem não sair antes do ano que vem, como se previa.
É preciso terminar a reforma da Previdência, é preciso promover uma verdadeira reforma do Judiciário para agilizar processos e reduzir o número de recursos.
É fundamental investir pesadamente em educação, para qualificar a mão-de-obra e permitir o acesso a mais gente ao mercado de trabalho. Qualificar os professores é o problema maior do processo educacional brasileiro no momento.
O desafio brasileiro é incorporar anualmente milhões de jovens ao mercado de trabalho formal. Mas as centrais sindicais agem no sentido contrário.
É fundamental promover uma verdadeira reforma trabalhista e sindical, que as centrais não querem ver nem pintada. Mas se queremos incluir mais gente no mercado de trabalho formal, é preciso enfrentar com coragem o peleguismo sindical, que quer apenas manter os benefícios de quem já tem trabalho.
Enfim, há muito o que comemorar e muito por que lutar neste e nos próximos dias do Trabalho.
Vamos à luta! Um feliz dia do Trabalho a todos e todas.
Autora: Lúcia Hippolito/CBN - http://www.luciahippolito.globolog.com.br/
Ontem, foi apresentada a nova carteira de trabalho. Informatizada, permitirá acompanhar melhor toda a vida profissional do trabalhador.
Num país onde a carteira profissional é o símbolo do trabalho formal, é boa notícia.
Mas houve ainda mais notícias auspiciosas para o trabalhador brasileiro.
A concessão do investment grade (grau de investimento) ao Brasil traduz-se na possibilidade concreta de entrada de investimentos estrangeiros no setor produtivo.
(Investment grade significa que o Brasil passa a ser visto como um bom pagador, país que respeita contratos, mantém regras estáveis para investimentos. Isto é vital para certos fundos de pensão americanos e canadenses, por exemplo, que são bastante conservadores porque lidam com aposentadorias e pensões de professores, servidores públicos, militares, viúvas etc. e estão proibidos, por seus regimentos internos, de investir em países que não possuem o investment grade.)
Ora, mais investimento no setor produtivo (e não especulativo) significa mais oportunidades de geração de empregos. Empregos formais.
A luta agora é para que os próximos dias do Trabalho sejam comemorados por muito mais gente. Isto é, precisamos lutar para que haja mais trabalhadores para comemorar o dia do Trabalho no ano que vem.
Para tanto, o país precisa avançar.
É fundamental desonerar o emprego. Hoje em dia, está caríssimo dar emprego no Brasil. Os encargos são tão impeditivos, que muitos empresários preferem recorrer à automação ou à informalidade.
É preciso promover ou terminar reformas para eliminar certos gargalos que impedem o investimento e, portanto, a criação de novos empregos. É preciso fazer a reforma tributária, que os deputados dizem não sair antes do ano que vem, como se previa.
É preciso terminar a reforma da Previdência, é preciso promover uma verdadeira reforma do Judiciário para agilizar processos e reduzir o número de recursos.
É fundamental investir pesadamente em educação, para qualificar a mão-de-obra e permitir o acesso a mais gente ao mercado de trabalho. Qualificar os professores é o problema maior do processo educacional brasileiro no momento.
O desafio brasileiro é incorporar anualmente milhões de jovens ao mercado de trabalho formal. Mas as centrais sindicais agem no sentido contrário.
É fundamental promover uma verdadeira reforma trabalhista e sindical, que as centrais não querem ver nem pintada. Mas se queremos incluir mais gente no mercado de trabalho formal, é preciso enfrentar com coragem o peleguismo sindical, que quer apenas manter os benefícios de quem já tem trabalho.
Enfim, há muito o que comemorar e muito por que lutar neste e nos próximos dias do Trabalho.
Vamos à luta! Um feliz dia do Trabalho a todos e todas.
Autora: Lúcia Hippolito/CBN - http://www.luciahippolito.globolog.com.br/
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